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sábado, 29 de julho de 2017

Nesta viagem sem fim carrego várias malas, alguns livros com poemas e uma senhora carrega uma lata de ovos que vieram da Bahia e trinta caixas, aqueles ovos também são poemas que chacoalham pela estrada e não quebram; chegam todos inteiros a São Paulo, os poemas que trago na memória estão despedaçados e o rapaz que viaja ao meu lado diz que a mulher nunca vai se igualar ao homem porque será sempre mais sensível, pergunto se os homens fazem algo que exija mais força que parir uma criança e ele dorme pelo resto da estrada.

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