Sopra a poeira
deste móvel
antigo
e frágil
em pé
por insistência
as palavras estão neste equilibro
improvável
nas curvas
desenhadas
por cupins
as palavras estão no vazio
da imagem de quem não pode mais olhar
para o espelho
desta teimosa penteadeira
quem hoje senta
para escovar os cabelos?