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segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Disfarces

O papel onde escrevo este poema
está manchado
de gordura da borda da mesa,
são pequenas bolinhas
que o deixam transparente
e denunciam o pão
das tardes passadas .
Faço uma mancha de lápis
para disfarçar a manteiga
que escorreu rápida
antes dos meus dedos ágeis
passarem pela minha boca
ou pela sua
que sabe sempre
que não conseguirei esconder
todas as marcas.

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